19.1.18

E então, aquele corpo que foi convencido que já estava seco de sentimentos, chorou. Sentiu pelo espaço que se formava ao seu redor, sobretudo à sua frente. Nem era um espaço tão grande assim, mas parecia infinito quando percebia que poderia preenchê-lo com a sua ausência.
Por não saber lidar com essa falta, não fazia nada. Via sua imagem oscilar entre o distante e o ausente, tentava imaginar o momento do seu retorno... Era bobagem, de nada adiantava, só servia-lhe ao desserviço da amargura. Ora deixava a ansiedade passar, pra insistia que ficasse. Sofria, mas não ouvia. Só sentia falta.

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